"Porque quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente!" - Billy, 4 anos.

domingo, 18 de março de 2012

Não é só ciúmes

Não é só ciúmes, esse jeito de querer cuidar, querer saber e proteger de todo jeito. Às vezes exagerar e não enxergar que já chegou o limite. Ciúmes significa uma eterna luta contra si mesmo, uma luta constante contra o delírio da posse. Sentir o cuidado de não se tornar possessivo ao ponto de sufocar ou magoar o outro. Não é só ciúme, se trata de um medo absurdo de perder, de deixar de ser importante... de acabar! Na verdade, inofensivo enquanto puder controlar, porque quando o ciúme se torna desejo de posse ele destrói a confiança, e bem se sabe, quando não há confiança, não existe nada! É aquele medo chato de de repente descobrir que alguém que significa sua felicidade consegue ser feliz sem você. Ciumentos não precisam de motivos para ter ciúmes, eles só o são e pronto. Sentir ciúmes é tão sem sentido quanto amar, não há razões para existir, só existe. Chega sem ser chamado, parece nunca ter fim, não há calma e nem repouso, há uma luta imensa e sem fim, travada contra os próprios instintos. Para dizer a verdade, ao ciúme não existe remédio, mas existe cura e chama-se amor! É dúvida, medo, insegurança, é excesso, incerteza, eterna questão. É engraçado sabe, como às vezes isso me consome de um jeito tão intenso que é preciso passar o dia todo repetindo mentalmente: "O ciúme é o contrário de liberdade, é o delírio da posse, fique calma!" E antes que isso me consuma, é melhor fingir não enxergar aquilo que o coração não para de gritar. Esse atestado, essa confissão que acaba sempre ficando estampada pra quem quiser ver. É a demonstração do amor que sente por alguém, às vezes vivendo no limite, outras exagerada... Meu ciúme é excessivo e sempre será, é como algo que faz parte de mim, e como qualquer fera, ora parece domado, ora querendo devorar tudo e todos. Mas com o tempo aprende-se a controlar até mesmo os piores instintos, e a transformar os defeitos mais feios. Às vezes fico pensando, esse jeito demasiado de cuidar e proteger, já é algo tão meu que me faria falta. Sabe aquela coluna que, mesmo sendo meio torta, sustenta o andar de cima? É bem assim. O ciúme faz parte de mim como uma coluna torta. É um defeito, mas até cortar os defeitos pode ser perigoso, nunca se sabe qual deles sustenta o edifício inteiro. O que eu acho mesmo é que sentir ciúmes nada mais é do que esperar, ingenuamente, que o amor que você sente seja recíproco, com a mesma intensidade, do mesmo jeito, como se as pessoas fossem iguais, mas isso não acontece. O caso comigo é que eu me apego demais e espero demais. Há ciúme sim, e sempre vai haver, ele é forte e chato às vezes, mas meu amor é sincero e intenso, sem reservas nem variáveis.



Não é só ciúmes, é procupação, é medo, é cuidado... 
Não é ciúmes, é amor em excesso!


Yaasmin Azeveedo.

2 comentários:

  1. Obrigado por vir bebê, volte sempre!
    Bem-vindo ao Just Thoughts, minha casinha virtual, e lembre-se: Não é só ciúmes!

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