"Porque quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente!" - Billy, 4 anos.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Não sei porque,

mas não vejo muito esse tipo de sonho em meninos, principalmente meninos da minha idade. A maioria das meninas tem esse sonho, em qualquer idade, desde pequenas, brincando de boneca. O sonho da maternidade. Bem, sendo comum ou não, a verdade é que eu nasci para ser pai. Se eu não for um grande engenheiro, ou um advogado brilhante, tudo bem. Mais quero ser pai. E quero fazer o que estiver ao meu alcance, e o que não estiver eu irei alcançar. Darei o meu melhor, eu tenho certeza. Já me peguei, inúmeras vezes, pensando em como seria a minha vida daqui à dez ou quinze anos, um bebê, uma esposa, uma bela casa. É estranho, como sonho o tempo todo com coisas que ninguém sonha. Acho que eu tenho o dom de ser diferente. Já me peguei, inúmeras vezes, sonhando com o rostinho que meu filho terá, uma mistura do pai e da mãe, e que puxe mais a mãe, ela será linda. Às vezes fico buscando em sites, significados dos mais variados nomes de bebês, meninos e meninas, e na verdade, já tenho uma opinião formada a respeito disso. Sei, exatamente, qual nome meu filho terá, ou filha. A verdade é que amo crianças, e não suporto ter que devolvê-las ao pai, ao fim da tarde. Quero ter o meu filho, e passar valores à ele. um dia ele saberá, que antes mesmo de nascer, ou de ser concebido, ele já era planejado e esperado. Mas acima de tudo, já era amado extremamente, por seu pai sonhador. Às vezes, antes de dormir, fico sonhando memórias bobas, mas que pra mim são importantes, e que serão reais um dia. Como uma casa, uma bela casa, com um gramado no quintal, um cãozinho fofo, e um piquenique, uma toalha quadriculada, uma cesta cheia de coisas deliciosas, preparadas por mim e pela minha linda esposa. Ela segura o nosso filho, um lindo menininho. Ele tem cabelos castanho escuros, como os meus, e olhos claros, como os da mãe. Sua pele é clarinha como a neve, é a coisinha mais linda que já vi na vida. Ele dorme, sereno como um anjo. Em volta dele há uma paz tão grande, que é impossível não notar, ele encanta a todos, é uma benção. E é assim que vai se chamar, Henrique, príncipe poderoso, presente divino. Então volto ao mundo real, ainda tenho quatorze anos, e hoje, a única coisa que posso fazer pelo meu filho, o meu Henrique, é ficar observando, de longe, sua mãe, minha linda esposa, com o seu namorado. E um dia dizer que eu a amei, mas ainda sim, eu só a observei, de longe, como uma estrela no céu.


Thiaago Azeveedo.

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