"Então isso era felicidade. E por assim dizer sem motivo. De início se sentiu vazia. Depois os olhos ficaram úmidos: era felicidade, mas como sou mortal, como o amor pelo mundo me transcende. O amor pela vida mortal a assassinava docemente, aos poucos. E o que é que eu faço? Que faço da felicidade? Que faço dessa paz estranha e aguda, que já está começando a me doer como uma angústia, como um grande silêncio? A quem dou minha felicidade, que já está começando a me rasgar um pouco e me assusta? Não, não quero ser feliz. Prefiro a mediocridade. Ah, milhares de pessoas não têm coragem de pelo menos prolongar-se um pouco mais nessa coisa desconhecida que é sentir-se feliz, e preferem a mediocridade."
"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada." C. Lispector.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Agora,
entendo o que há com o ser humano. É que ele tem certa vocação para a mediocridade. Fato, depois de certo tempo, ela começa a incomodar, e a rasgar, dilacerar. A verdade é que a felicidade é voraz. Disse Lispector certa vez:
Clarice Lispector.
A verdade é que a felicidade assusta tanto que certas pessoas se viciam na tristeza, e vivem na mediocridade. É isso, a felicidade causa uma grande angústia, uma dor interna. Como um silêncio. A mediocridade é nada mais que o medo do desconhecido. Afinal, o desejo do mundo é mesmo a felicidade ?
Thiaago Azeveedo & Yaasmin Azeveedo.
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